Dia de rei

O que você pensaria de visse quatro jovens e uma criança carregando em punho uma bandeira alviverde e gritando de forma eufórica pelas ruas de seu bairro: O Mequinha voltou, o Mequinha voltou!!! No mínimo acharia que ou estaria muito cedo para uma previa carnavalesca ou que esses rapazes teriam algum tipo de problema psíquico. Bem, isso aconteceu em Casa Amarela e para se entender essa estória teremos de ir até o começo dessa pequena grande odisséia. Após a frustração de ter de voltar do meio do caminho para o jogo em Chã Grande devido ao fato do ônibus oferecido pelo pessoal da cidade do Paulista ter quebrado nas intermediações de Vitória de Santo Antão e de ter se contentar apenas em ouvir parte do primeiro tempo dentro de um táxi onde o motorista se assustou com a vibração espontânea com o primeiro gol alviverde essa aventura ainda traria fortes emoções. Já na casa de um desses jovens, no Vasco da Gama, e com a recém descoberta do empate azulino além da vitória parcial do Timbaúba diante o Pesqueira a seqüência tornou-se cada vez mais angustiante digno de qualquer filme de Alfred Hitchcock principalmente com a quase certeza da desclassificação até que nas rádios anunciavam de forma simultânea os dois gols do Pesqueira que colocava o Periquito de volta na luta pela vaga, até que praticamente no fim do tempo regulamentar o silêncio se fez presente na narração de Marcelo Araújo e, numa única explosão, estrondou: GOOOLLLLLLLL DO AMÉRICAAAAAA!!!!!!! Mas, a comemoração de fato só veio com o encerramento da partida do Timbaúba e logo em seguida entre abraços e lágrimas enfim começou a minúscula, porém, animada passeata esmeraldina que ganhou primeiro as ruas do Vasco e seguiu pelo Largo Don Luiz, Av. Norte, Padre Lemos, Mercado Público de Casa Amarela, Estrada do Arraial e, finalmente, a sede do Glorioso América. Durante o percurso as poucas pessoas presentes pelo caminho perguntavam o que estaria acontecendo e sempre com um grande sorriso era dado à resposta que o América Futebol Clube havia retornado à Elite de Pernambuco. O dia 29 de agosto de 2010 ficará marcado não apenas na história do clube seis vezes campeão pernambucano, mas na memória de quatro rapazes e um garoto que por breve instantes foram coroados reis do bairro de Casa Amarela.
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Um comentário:

  1. aeee...
    ficou massa o texto Allan...
    e parabéns a galera do blog pela merecida repercussão!

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