Janeiro verde




Nenhum torcedor alviverde tem do que reclamar dentro de campo neste início de temporada, participamos da Copa São Paulo de Futebol Júnior e mesmo não passando da primeira fase representou muito para um clube como o América além de ter feito bonito no primeiro turno do Campeonato Pernambucano, conseguindo inclusive permanecer invicto durante as seis partidas acumulando três vitórias e três empates. Se olharmos com calma algo muito além daquilo esperado, comparado as participações anteriores do Periquito no certame, um bom exemplo fica a cargo da última edição da competição onde das quatorze rodadas da primeira fase a equipe da Estrada do Arraial permaneceu onze na lanterna.

Mas, janeiro deste ano trouxe mudanças, principalmente de espírito. Apesar do futebol apresentado até aqui não faça brilhar os olhos ou apontar como um dos melhores elencos da história centenária foi competente arrancando bons resultados dentro e fora de casa e isso fez que os torcedores americanos e também curiosos fossem olhar de perto o América em ação no Ademir Cunha, mesmo não levando mais do que oitocentas pessoas por média representou muito. A autoestima mudou, antes a certeza da derrota eminente virou certeza de brigar pela vitória, as pessoas voltaram acreditar no Campeão do Centenário e nadando contra a corrente, falta de mídia nos meios de comunicações tradicionais, criticas errôneas a qualidade do estádio por equipes de reportagens que se quer estiveram presentes nos jogos e aquela velha estigma de enterrarem o Periquito a toda custa.

O América resiste, faz valer a tradição conquistada nos quase cento e dois anos de fundação, ainda não é o ideal, contudo, janeiro fez bem culminando conquista da vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro, levando a equipe de futebol profissional masculina participar de competição nacional após hiato de vinte e cinco anos, para quem entrava no Pernambucano como um dos favoritos ao descenso, tendo inclusive uma das folhas mais baixas dentre as equipes participantes essa conquista soa como título, revela o sopro de ar ainda presente ou melhor o coração alviverde continua a bater incessantemente deixando para trás o rotulo do clube que todos possuem pena, que não faz medo em ninguém e que precisa sempre olhar para os outros com a cabeça baixa, esse não é mais o América e nunca foi.

Se a conquista do Estadual parece pretensões acima da capacidade esmeraldina lembremos da força que vem surgindo e surpreendendo. Sim, verdade seja dita, esse segundo turno é um torneio a parte, agora o Periquito segue acompanhado de clubes melhores estruturados, participantes de competições nacionais acima do que foi conquistado e de investimentos quase que infinitamente superiores, entretanto, nada fora de normal para um clube que vem se acostumando a incomodar os demais, talvez não consiga classificar-se para as semi-finais, faz parte do jogo ter exito ou contratempos e nem sempre todas as metas serão cumpridas a risca, mas fica claro que a apresentação americana nas quatro linhas transformou velhos conceitos, trouxe renovação e novos planos para o futuro em verde e branco.

É necessário ter calma e acima de tudo consciência. Não podemos esperar bater sempre de frente com os primos mais afortunados do Recife e até mesmo com o conjunto formado ao longos dos anos lá em Salgueiro ou ainda com o investimento quem vem de Caruaru, neste hexagonal eles são os francos favoritos, nós entramos com essa certeza, contudo, vamos persistir e lutar, temos força e estamos demonstrando vontade para todo e qualquer adversário, essa vem sendo nossa marca, dar até o último pingo de suor nas praças esportivas, temos um sonho e iremos atrás dele a todo custo.

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